Djanira da Motta e Silva (Avaré SP 1914 - Rio de Janeiro RJ 1979). Djanira da Motta e Silva foi uma artista brasileira que se destacou como pintora, desenhista, ilustradora, cartazista, cenógrafa e gravadora. No final da década de 1930, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde iniciou sua formação artística em um curso noturno de desenho no Liceu de Artes e Ofícios. Também teve aulas com o pintor Emeric Marcier, hóspede da pensão que ela administrava em Santa Teresa. O ambiente da pensão, frequentado por artistas como Carlos Scliar, Milton Dacosta, Arpad Szenes, Vieira da Silva e Jean-Pierre Chabloz, foi decisivo para o desenvolvimento de seu trabalho. Djanira da Motta e Silva estreou em exposições no 48º Salão Nacional de Belas Artes, em 1942, e realizou sua primeira mostra individual no ano seguinte, na Associação Brasileira de Imprensa. Em 1945, viajou para Nova York, onde teve contato com a obra de Pieter Bruegel e conheceu artistas modernos como Fernand Léger, Joan Miró e Marc Chagall. De volta ao Brasil, criou obras marcantes como o mural Candomblé, feito para a casa de Jorge Amado, e um painel para o Liceu Municipal de Petrópolis. Entre 1953 e 1954, Djanira da Motta e Silva realizou uma viagem de estudos à União Soviética. Ao retornar, engajou-se na mobilização de artistas brasileiros, liderando o movimento do Salão Preto e Branco, que protestava contra os altos custos dos materiais artísticos. Um de seus trabalhos mais significativos foi o painel de azulejos Santa Bárbara, finalizado em 1963 para a capela do túnel Santa Bárbara, no Rio de Janeiro. Em 1966, a editora Cultrix lançou um álbum com poemas e serigrafias de sua autoria. Djanira da Motta e Silva foi reconhecida por retratar com autenticidade a cultura popular brasileira. Em 1977, sua trajetória foi celebrada com uma grande retrospectiva no Museu Nacional de Belas Artes. Sua obra se destaca pela representação do cotidiano do povo brasileiro, com forte presença de temas religiosos, paisagens rurais e festas populares. (Fonte escritoriodearte.com)